segunda-feira, 24 de novembro de 2014

FARM HARMONIA

HISTÓRICO DA MARCA FARM


 A história da FARM começa em 1997 no Rio de Janeiro, na Babilônia Feira Hype. O evento foi de grande importância para a divulgação no mercado, pois reunia diversas marcas alternativas num espaço único, onde a FARM ganhou destaque.
 Em 2007 é aberta a sua primeira flagship (loja conceito), são 320 metros quadrados em Ipanema com nenhuma vitrine e muito verde, formas orgânicas, luz natural, som nas cabines e jardim interno.
 Somente em 2009 a FARM HARMONIA é inaugurada na Vila Madalena e a partir deste ano é dada a expansão da marca em São Paulo.
 É criada a fan page oficial no Facebook em 2001, contando com mais de 600 mil fãs e a FARM torna-se uma das maiores comunidade de moda feminina.
 Em 2012 houve uma parceria com a Pantone, com o desenvolvimento de uma coleção exclusiva com 5 cores e uma estampa criada pela FARM, além de ser o ano comemorativo dos 15 anos da marca e o lançamento da Linha Quero. 
 Em 2014 as estampas da FARM foram para as jaquetas Firebird da Adidas Originals numa parceria mundial que se estendeu a outras peças e foi um sucesso de vendas.
 Atualmente a marca chegou a mais de 200 mil seguidores no instagram @adorofarm e 1,8 milhões de fãs no Facebook.

FARM HARMONIA – UNIDADE VILA MADALENA


HISTÓRICO


 Antes de ser a loja da FARM, a estrutura era utilizada como uma agência de modelos, de publicidade e foi o grupo de arquitetos do escritório Tryptique, que projetou o prédio. Assim que eles saíram, veio uma representante do Rio de Janeiro para alocar o prédio, pois já existia a ideia de fazer uma loja conceito aqui em São Paulo, como já tem no Rio, em Ipanema.
 O intuito era abrir a loja num bairro onde tivesse a identidade do público da marca e foi na Vila Madalena onde eles encontraram isso. O representante ficou morando em São Paulo por 3 meses pra fazer as modificações transformando o lugar em uma loja.

SOBRE A LOJA 

Figuura 1: Planta da Loja FARM HARMONIA
Fonte: FARM RIO, 2009

 A loja possui 2 andares que são divididos da seguinte forma: no térreo está a recepção da loja e o “Espaço Praia”, no primeiro andar encontra-se a parte de lançamentos e provadores, e no último andar fica o bazar com todas as coleções passadas e outros provadores. E no subsolo, o estacionamento que é gratuito para os clientes.
 O bazar é um chamariz, muita gente vem para São Paulo porque o Rio não tem ponta de estoque, o único outlet é em Campinas. 
 O horário de funcionamento é de segunda a sábado das 09hs às 19hs, domingo das 12hs às 18hs. Aceita cartões de crédito: American Express, Diners, Mastercard e Visa e cartões de débito: Maestro, Rede Shop e Visa Electron.

Figura 2: Planta da Loja FARM HARMONIA
Fonte: FARM RIO, 2009

LOCALIZAÇÃO


 A loja está localizada na capital de São Paulo, na Rua Harmonia 57, Vila Madalena. Encontra-se em frente ao Beco do Batman, um dos principais pontos turísticos do bairro da Vila Madalena.


ENTREVISTA COM A FUNCIONÁRIA DA LOJA, MARIANA, 20 ANOS

Mariana: "Quando eu vim trabalhar aqui, eu achei que ia atender muito mais jovem do que pessoas mais velhas, mas não. A maioria dos compradores, pelo menos dessa unidade, são um público um pouco mais velho, de 30 anos pra cima, no máximo até 45, mas nessa faixa etária. 
 São mulheres  independentes, que meu, viaja, viaja e ah! o engraçado é que a cliente é igual a gente, encontramos elas nos mesmos lugares que frequentamos. A gente vai em galeria e estão todos lá, no "buteco" ali de cima, tão todos os clientes lá e acaba sendo meio que uma família aqui da Vila Madalena."
Barbara: E o dono dessa loja, é o mesmo dono das outras?
Mariana: "Sim, aqui não tem franquia, ela já é do Marcelo que é o dono da Farm, a gente paga aluguel, não é nossa essa casa."
Barbara: E como vocês fazem pra divulgar a loja?
Mariana: "Então, a Farm, ela tem um jeito que ela meio que se divulga sozinha, assim, pela marca Nós somos praticamente a propaganda da loja, quando a gente sai a gente fica "zuando", todo mundo vem falar nossa que roupa, tal, porque a gente sai toda "montada".
Barbara: Toda diferente né?
Mariana: "Né, nossas roupas são diferentes, a gente chama atenção, as meninas tem seu estilo próprio, todo mundo da marca tem cabelo enrolado e tal, então acaba sendo as vendedoras mesmo a própria propaganda da loja, pro público que tá aqui. A gente sai aqui, frequenta aqui, a gente trás esse público pra loja, né? Mas não tem nenhuma divulgação, o blog é a maior divulgação, a gente hoje vende muito pelo site, mas a loja em si, a gente não faz muita coisa, até porque a gente não faz eventos."

FOTOS DA LOJA FARM HARMONIA 


Figura 3: Térreo - Entrada da loja
Fonte: Barbara Yoshitake, 2014

Figura 4: Térreo - Entrada da loja (Vitrine)
Fonte: Barbara Yoshitake, 2014

Figura 5: Térreo - Área de Lazer
Fonte: Barbara Yoshitake, 2014
Figura 6: Primeiro andar - Lançamentos
Fonte: Barbara Yoshitake, 2014

Figura 7: Primeiro andar - Lançamentos
Fonte: Barbara Yoshitake, 2014

Figura 8: Primeiro andar - Área de Espera
Fonte: Barbara Yoshitake, 2014

Figura 9: Primeiro andar - Provadores
Fonte: Barbara Yoshitake, 2014


Figura 10: "Parede Verde" - Escadas para o Primeiro e Segundo Andar
Fonte: Barbara Yoshitake, 2014


Figura 11: Segundo andar - Placa do Bazar
Fonte: Barbara Yoshitake, 2014

Figura 12: Segundo andar - Corredor do Bazar
Fonte: Barbara Yoshitake, 2014


Figura 13: Segundo andar - Bazar
Fonte: Barbara Yoshitake, 2014



Figura 14: Segundo andar - Bazar
Fonte: Barbara Yoshitake, 2014

Figura 15: Segundo andar - Bazar
Fonte: Barbara Yoshitake, 2014
Figura 16: Vista dos Andares
Fonte: Barbara Yoshitake, 2014

Figura 17: Vista do Segundo Andar - Beco do Batman
Fonte: Barbara Yoshitake, 2014

Figura 18: Vista do Segundo Andar - Beco do Batman
Fonte: Barbara Yoshitake, 2014

Redigido por Barbara Yoshitake

sábado, 22 de novembro de 2014

GALERIA NIKON NA VILA MADALENA

Um evento diferente movimentou a Vila no último dia 17 de novembro foi a inauguração da Galeria Nikon, localizada na Rua Aspicueta, 153. Esse espaço foi criado para pessoas apaixonadas por fotografias. Serão realizados semanalmente encontros, cursos e palestras. Nessa galeria, é possível ainda conhecer o portfólio da marca e assistir demonstrações de alguns produtos.
A Galeria inicia com a exposição “Coletiva série F”, são 20 fotografias realizadas por fotógrafos renomados, de imagens registradas entres os anos 60 e 90.  A cada dois meses, novas mostras serão apresentadas e a gestão cultural é feita pela DOC Galeria.

Fonte: www.docgaleria.com.br


A DOC Galeria está localizada na Rua Aspicueta no nº 662 e produz a ‘Mostra São Paulo de Fotografia’, um evento anual de ocupação do bairro da Vila Madalena, com várias exposições simultâneas mostrando os vários aspectos da cidade de São Paulo, sua abertura é dia 25 de janeiro, aniversário da cidade com a participação de galerias, restaurantes, bares, lojas etc.

Redigido por Lígia Helena Nunes Rodrigues
Abaixo segue o link de dois vídeos do Beco do Batman, onde podemos visualizar melhor essa "Galeria a céu aberto".

https://www.youtube.com/watch?v=Z5au_Idgj9Q


https://www.youtube.com/watch?v=wnRd6tVlqkU


Gabriele Souza da Silva.
Vila Madalena: 

Beco do Batman.
O Beco do Batman: sua historia inicia se no meio da década de 1980,quando foi encontrado nas paredes do tradicional bairro da Vila Madalena um desenho do homem morcego dos quadrinhos. O acontecimento atraiu estudantes de artes plasticas,que começaram a fazer desenhos de influencia cubista e psicodélica nas paredes, formando a galeria de paredes totalmente cobertas a céu aberto. Localizado na Vila Madelena, mais precisamente nas ruas Gonçalo Afonso e Medeiros de Albuquerque, o local  tem fácil acesso com a estação de metrô e terminal de ônibus próximos.
O grafite como forma de comunicação, expressão e arte, inserido em questões sociais, culturais e artísticos, é um pouco do que diz as ruas estreitas que formam Beco do Batman, que atrai pessoas do mundo para o local. Atraindo artistas de vários segmentos para desenvolvimento de trabalhos publicitários, propaganda de novos artistas, gravações de vídeo clips, cumprindo um papel único de galeria de arte moderna a céu aberto e formação de novos artistas brasileiros. Abre-se assim um cenário artístico em meio a Vila.
Apesar de não ser uma galeria formal a comunidade e os próprios artistas prezam por sua preservação. O fluxo de turistas é contínuo, pois sempre há uma nova pintura a ser vista, os artistas mantêm uma rotatividades das artes expostas fazendo que os frequentadores voltem sempre ao beco.
O Beco influência toda a economia ao redor. Muitos restaurantes e galerias constituem suas temáticas a partir do grafite, da arte contemporânea e da cultura urbana. Mostra um pouco da importância do beco para o turismo do local, que se torna assim um ponto de referência para artistas, críticos e apreciadores de arte de diversos locais,como aponta  Thiago Cyrino, dono da agência de turismo Soul Sampa  “Desde 2009, já levei cerca de 1 500 pessoas ao Beco do Batman”.  O marketing contribui para o avanço econômico, a preservação e o reconhecimento cultural da Vila.
Através de visita ao bairro, observamos a comunidade e a identidade do local. Levamos em consideração o grau de importância do atrativo para o bairro, o público predominante, aspectos relacionados à comunicação envolvida no ambiente e seus aspectos.
Sob a ótica das relações públicas e tendo em vista sua abordagem e conceitos, nasce a necessidade de estudar e entender suas aplicações no cotidiano. Demonstrar como esse atrativo se correlaciona com aspectos envolvidos em relações públicas. O Beco do Batman já apresenta sua importância e criatividade para economia, preservação e propaganda cultural da Vila Madelena, necessitando assim de um aprofundamento e recorte mais preciso de sua relação com a comunidade que mora no bairro e seu comércio, assim como a interação com seu público e o desenvolvimento de suas potencialidades.


Gabriele Souza da Silva.

























Fotos: Gabriele Souza da Silva

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Rota de galerias da vila

                     


A Vila Madalena bairro de classe média da região oeste da capital de São Paulo, muito conhecido por seus bares e agitada vida noturna, também tem um lado cultural intenso, capaz de encantar até o mais distraído visitante.

Com ruas coloridas e pinturas em seus muros e paredes avisa aos visitantes que estão não apenas em um ponto de encontro de baladas, mas, também em um lugar capaz de transbordar em arte, seja ao ar livre ou nas muitas galerias que têm seus endereços em um dos mais boêmios bairros da cidade de São Paulo.

Em uma dessas ruas encontram-se várias galerias, algumas de tradição internacional, a Rua Fidalga tão conhecida como qualquer rua que faz parte da vila abriga muitas dessas galerias com estilo e perfeita harmonia com seus vizinhos, abrindo suas portas para todos os públicos de qualquer origem ou classe social.

Na Rua Fidalga é possível encontrar galeria como a Raquel Arnaud, voltada para um público mais elitizado, até galerias para públicos mais descolados, como eles mesmos se apresentam, em busca de arte e novas maneiras de ver e entender o mundo.


Isso não significa propriamente cisão entre esses públicos, muito pelo contrário, essa aparente diferença é o fator gerador de difusão de idéias e valores que como resultado, mostra um espaço onde todos têm a oportunidade de ao mesmo tempo fazer parte de uma história contada em pinturas e desenhos, participar deixando como legado sua importante opinião.



Fachada da Galeria Raquel Arnaud na Rua Fidalga 125 Vila Madalena, precursora da Arte Paulista e sua proposta de Arte Contemporânea brasileira. Focada no segmento da abstração geométrica, consolidou sua posição no Brasil e exterior.





Galeria Raquel Arnaud  Vila Madalena                   Foto Gabinete Curiosidades 
                                                   


Com 400 m² em março de 2013 aconteceu a mudança de endereço da galeria Transversal, cuja unidade oficial na barra funda será utilizada agora para cursos e oficinas e sua nova sede abrigará exposições de Arte Contemporânea na Rua Fidalga 545 Vila Madalena. Sua estrutura fará parte de um conjunto de galerias daquela rua que vai se constituindo em um novo ponto de encontro das artes alternativas.




Nelson Kon | Galeria Transversal
Galeria Transversal                              Foto :galeriatransversal.com

                                         




A Vértice Casa é um misto de Arte, cenografia e desing, trabalha com uma proposta de qualidade, tem o aspecto de loja e oficina de arte, onde o visitante poderá assistir um artista pintar suas telas e até interagir com eles. Atualmente está na Rua Fidalga, 66 ao lado de seus vizinhos que buscam a arte como modo de vida.

A vila tem muito mais que bares e botecos famosos, olhando com mais atenção o visitante encontrará arte a todo instante, seja ao ar livre ou restrita em ambiente especialmente desenhados e pensados para esse fim.




Fachada da Vértices Casa                                              Foto : obaoba.com.br
                                     






A Vértices Casa apresenta exposição de Arte Artesanal de Manuale na Vila, onde o visitante poderá conhecer outras formas de expressão, mostrando o lado cultural e artístico de um bairro que vai além de seus bares badalados.
           



Jóias Artesanais - MANUALE                                                     Foto Manuale
                                    



Também na Rua Fidalga número 98 a galeria +Soma reúne, loja e espaço para shows e galeria de arte, sendo ponto de encontro de artistas voltados para cultura urbana. Na sua loja é possível encontrar livros, objetos de decoração, vinis importados e materiais de design.


Vista de show da Galeria +Soma                                         Foto obaoba.com.br



A foto abaixo é de autoria de Paulo R que na verdade não é quem está escrevendo, trata-se de um homônimo e os créditos estão devidamente transferidos a quem de direito.

Mas, o importante é tentar mostrar que a Rua Fidalga como grande parte das ruas da Vila Madalena tem em sua paisagem a linguagem artística em um bairro mais conhecido por seus bares e sua boemia.

Traços de um cotidiano que parece até um paradoxo em um bairro de classe média, onde os trabalhos em grafite e as artes ao ar livre também são aceitos até com certa naturalidade por seus moradores, que enxergam arte e não poluição visual.

A vila vai se transformando em uma grande galeria a céu aberto e isso cada vez mais está transformando o bairro em um espaço singular, não apenas mudando a paisagem, mas também a maneira como é vista e contemplada, por visitantes e moradores.


                                         
                                       
Rua Fidalga                                                                                             Foto Paulo R
                                             


                                                                                                                                 
                                                                                                                                                Postado por Paulo Roberto



terça-feira, 18 de novembro de 2014

“LA DA VENDA”
Proprietária: Heloísa Bacellar.
Estabelecimento localizado na Rua Harmonia nº 161 – Vila Madalena, muito bem situado, próximos a bares, restaurantes, galerias, lojas de artesanato e ainda do “Beco do Batman”.
Um lugar aconchegante que pode ser chamado de armazém, restaurante, bar, venda,  loja de artesanato etc....



É decorado com os próprios produtos de artesanato que estão à venda os quais ficam espalhados por todo o espaço de forma natural. Esses objetos são muito procurados por turistas como lembranças do local e da cidade de São Paulo.


É  muito agradável. É comum as pessoas entrarem e ficarem admirando as peças de artesanato espalhadas e somente depois de algum tempo se dirigirem ao balcão ou a alguma mesa para sentar.
Trata-se de um espaço muito bem dividido e decorado, é um ambiente alegre, colorido é impossível você não ficar admirando toda aquela decoração.


Sua culinária é especializada em produtos orgânicos com pratos simples, com sabor caseiro, porém muito bem elaborado, tempero leve e muito saboroso.


É  muito gostoso para tomar aquele café da tarde a moda antiga, de coador de pano  bem pequeno que o próprio cliente prepara na sua mesa colocando o pó de café e a água fervendo, sentido o aroma do café feito na hora. Pode ainda saborear bolos caseiros, diversos doces e um pão de queijo para lá de especial.
A maioria dos produtos comercializados na loja são preparados de forma artesanal e especial para os admiradores e consumidores de produtos orgânicos e sustentáveis.   



Entrevista com HELOISA BACELLAR  - Proprietária e  criadora  do “La da Venda”
Como surgiu a ideia de fazer o “La da venda”?
Helô: sempre gostei das coisas simples, brasileira, rústica. Esse lado artesanal da vida sempre me interessou. Quando criança frequentava a cidade de São Luís do Paraitinga, casa dos avós e adorava andar a cavalo pela região e parava nas antigas vendas para tomar tubaína e comer pão com mortadela, e aquele ambiente me fascinava, achava lindo aquela decoração rústica com salames, linguiças e queijos pendurados. E ali vendia um pouco de tudo desde um pregador de roupa até farinha, frango, lascas de bacalhau, etc. Era um ponto de encontro das pessoas, principalmente dos homens que ficavam ali horas 'jogando conversa fora’, ou ainda jogando dominó e palitinho. Meu irmão sempre ia comigo e dizia: 'você gosta tanto que um dia você vai ser dona de Venda'. De repente eu cresci com essa ideia na cabeça e como sempre gostei de cozinhar, comecei com 6 anos de idade, aprendi com bisavó, avó, e tive, inclusive, uma escola de culinária, eu cozinhava muito e meus amigos perguntavam: Você vai abrir um restaurante?, mas só um restaurante eu achava muito monótono, não era o que eu queria, eu gosto de variedade, então pensei preciso fazer uma coisa que me satisfaça pra valer. Foi aí que nasceu a ideia do “La da Venda” porque juntava tudo, o meu carinho e amor pelas coisas rústicas e simples, a comida que eu poderia ter um restaurante, um café, porque eu adoro pão, bolo e sobremesa e seria um lugar muito alegre, muito colorido, cheio de coisa pendurada, um lugar onde pode vender tudo, bacia, pano de prato, salame, canequinha porque o interessante de uma venda é isso.

Então o “La da Venda” sempre foi assim?
Helô: Sim, ela foi criada dessa forma, é uma concepção 100% minha e é muito o meu jeito de encarar a vida, simples, colorida e alegre, e o principal, um ponto de encontro. Se você vai para fora do Brasil, na Europa, como Itália, França é muito comum você entrar num café, sentar pedir um cafezinho e ficar horas naquela mesa conversando com alguém ou sozinha e ficar lendo, estudando, eu conheço gente que escreveu tese de mestrado inteira em uma mesa de um café. Fora do Brasil já tinha essa cultura de você ir para um lugar e não ter a necessidade de consumir uma coisa cara e o garçom ficar ali quase te expulsando. Partindo do pressuposto das Vendas de antigamente e do meu jeito de ser eu pensei “quero um lugar que as pessoas que vão lá vão se sentir tão à vontade, tão em casa, que se quiserem passar a tarde inteira lendo um jornal, lendo um livro, estudando, levando seu computador”. Eu queria um lugar onde as pessoas pudessem ficar o tempo que quisesse, sem ninguém ficar te expulsando, por que as vendas de antigamente era assim.
Porque você resolveu abrir o “La da Venda” na Vila Madalena?
Helô: A “Vila” eu acho que é a minha cara já que é mais alternativo. As pessoas tem um perfil, por isso que eu fui abrir lá na ‘vila’, os frequentadores da ‘Vila’ tinha mais possibilidades de entender esse meu negócio maluco, eu falei não tem nada a ver com o público que frequenta a Oscar Freire, eu achei que a vila era esse ‘descontraído’, a ‘ousadia’, o ‘diferente’, por isso que eu fui fazer lá. Eu acho que tem tudo a ver com a Vila.  A ‘Vila” hoje, eu não sei te dizer um número preciso, mas eu posso te garantir que uns 30 % do público, nos finais de semana, tranquilamente, são estrangeiros, e desses estrangeiros os franceses são os primeiros o francês em primeiro, o alemão em segundo, o americano em terceiro, e outros, mas desses 30% pode-se dizer que 10% é francês o resto é variado, então acho que isso é uma coisa muito considerável. Esses estrangeiros não vem ao Brasil pra comprar na Burger King, ou na Oscar Freire, eles podem até ir conhecer o Jardins, que tem um lugar badalado, um restaurante, mas comprar? Ele vai na loja da havaiana ele não está interessado em comprar na 'Dolce & Gabbana' porque isso ele tem fácil onde mora. Ele vai para o Rio de Janeiro por belezas naturais, Salvador, Ouro Preto, Amazonas, não tem nem o que dizer, agora São Paulo além de conhecer restaurantes e etc, ele está atrás dessa coisa charmosa da cidade e isso está onde? Na Vila, então é na Vila que eles encontram exatamente o que estão procurando


Quem são os frequentadores do “La da Venda”?
Helô: durante a semana eu tenho dois tipos de frequentadores por exemplo, eu tenho na hora do almoço a pessoa que trabalha na região não é só da Vila, mas Pinheiros e região, e tem também um almoço muito feminino que as vezes é trabalho, uma reunião, tem muita gente que vai fazer reunião lá, ou apenas encontro de amigas, uma coisa descontraída. Tem também aqueles que trabalham em casa, no seu canto, com seu computador e vai fazer reunião lá. Muitos estrangeiros que estão de férias e estão passeando, então qualquer dia é dia. E ainda, eu vou ter a mãe que vai levar ou buscar o filho na escola e passa com ele, para almoçar, ou tomar um lanche, isso também acontece muito, o fato do “La da Venda” ter uma comida charmosa, simples, bem brasileira sem grande estereótipos, isso atrai muito a criança, também porque a gente tem coisas que são simples, gostosos que fazem parte da vida da pessoa não é coisa estrambólicas, então durante a semana é muito isso. Já nos finais de semana, tem muita gente, por exemplo esse pessoal que trabalha na região e almoça lá com amigos, durante o fim de semana ele leva a família, isso você vê muito acontecer.
É maior a frequência de estrangeiros aos finais de semana?.
Sim, os estrangeiros  nos finais de semana frequentam muito, desde o café da manhã – o nosso café da manhã é bem de fazenda, bem com cara de vovô, então isso atrai muito estrangeiro que sai do seu hotel e vai tomar café da manhã, que é bem legal, que ele está tendo um café da manhã com cara de avó mesmo, oposto desse padronizados comum de qualquer hotel. Então aos fins de semana tem estrangeiro o tempo inteiro, incrível, tem horas que você chega lá o que você menos ouve é o português, e é uma salada, uma torre de babel, incrível, porque eles adoram o fato do brasileiro que vai puxa conversa com as pessoas, pois isso não existe isso em outros países, você chegar na mesa do outro e puxar papo, não acontece, então isso é muito divertido, mas tem muita gente assim, como é um lugar que aceita um pouco de tudo, então assim não tem preconceito. É muito democrático, a família que vai comemorar no café da manhã o aniversário da avó por exemplo, uma mesa de 14 pessoas. No domingo ou no sábado meu marido foi lá e disse que tinha uma mesa grande tomando café da manhã e era o aniversário de uma senhora. Então vai muito isso. Nos finas de semana tem muita família, casal, muito estrangeiro e, durante a semana já não é tão família porque as pessoas cada uma tá vivendo muito a sua vida, uns estão trabalhando, então vai com amigos, ou com colega de trabalho ou as mães com as crianças como já falei, tem muita mãe por  exemplo que sai da escola com as crianças passa lá para comprar um pão de queijo e um bolo e vai para casa. Isso é a ‘Vila’.





Redigido por Lígia Helena Nunes Rodrigues